Várias empresas já passaram por um ciclo de digitalização nos últimos anos, mesmo aquelas que só contavam com uma única unidade física, atuando de forma familiar.
Seja para atender clientes no WhatsApp ou para ter um pequeno perfil no Facebook/ Instagram, elas entraram no mundo digital de forma sutil, mas agora estão envolvidas em vários novos procedimentos, alguns surgidos em meio a pandemia da Covid-19.
Neste contexto, o processo de digitalização do comércio, de uma forma geral, trouxe três novas tendências que devem permanecer após o reaquecimento da economia e o fim do isolamento social:
Descentralização de estoques;
Expansão das ofertas take–away / take-out;
Uso de lojas físicas como ponto de retirada de vendas online.
Cada uma destas tendências vem para atender uma determinada necessidade do comércio, ajudam a reduzir os gastos operacionais, reduzem riscos de avarias em mercadorias e aceleram os prazos de entrega, itens que são primordiais para conquistar novos consumidores do ciclo de venda.
Descentralização de estoques
Se antes as empresas usavam um único centro de distribuição para aperfeiçoar o sistema logístico e garantir eficiência no controle do estoque, hoje essa medida já se comprova ultrapassada por conta de questões tributárias e também perfis de compra de consumidores em determinadas regiões.
Desta forma, com a expansão dos negócios regionais, muitas empresas estão descentralizando os estoques ao construir ou alugar centros logísticos próximos de regiões em que as vendas são mais aquecidas.
Estes espaços funcionam de forma mais efetiva, interligados com a central, mas com fácil entrada de pequenos caminhões, ideais para agilizar as entregas dentro das grandes cidades, independente do horário de abastecimento.
Da mesma forma, a empresa ganha a eficiência de ter em estoque local apenas os produtos de alto giro, reduzindo gastos de armazenamento, energia elétrica, segurança e demais custos com produtos de baixa demanda.
Em alguns casos, as empresas estão montando estes centros logísticos regionais que são abastecidos diretamente pelas fábricas, sem que o produto precise passar pelo estoque central, evitando assim o frete duplicado na operação.
Este ajuste permite às empresas do comércio, seja ele físico ou virtual, elevar a margem dos produtos, sendo um grande diferencial para que ofertas mais agressivas sejam feitas. Ou seja, um grande diferencial no processo de vendas.
Expansão das ofertas take–away / take-out
As medidas de isolamento social provocaram o fechamento de milhares de estabelecimentos comerciais, mas engana-se quem pensa que o consumidor tenha deixado de fazer suas compras, ele apenas encontrou uma nova forma de fazer isso.
Por causa da redução e até proibição de consumir as refeições no lugar, as ofertas de take-way, modalidade em que o cliente apenas retira no local e leva para casa ou trabalho, se expandiram bastante no último ano.
Este modelo exige um espaço físico menor, o que gera menores custos fixos para o empresário e mostra-se como uma alternativa para estabelecimentos que vendem coisas complementares aproveitarem o mesmo espaço físico, sem concorrer pela atenção do cliente.
Diversos shoppings centers já adotaram este modelo de operação nas principais datas comerciais de 2020, modelo que deve seguir no próximo Dia da Mulher e Dia das Mães.
Este modelo permite uma preparação melhor do time e organização das vendas para serem retiradas em um período específico do dia, agilizando a organização do time. Claro, isso não vale para a área de alimentos, que precisa ser ágil no preparo e na entrega.
Uso de lojas físicas como ponto de retirada de vendas online
Outro procedimento que surgiu recentemente e parece que veio para ficar é a retirada local em estabelecimentos comerciais parceiros, em uma descentralização das transportadoras.
Neste modelo, o consumidor faz uma compra em um e-commerce, mas não receberá a encomenda em sua residência. Ela será entregue em uma loja parceira no bairro escolhido durante a conclusão do pedido.
Os benefícios deste formato passam por redução de custo com a entrega que deixa de ser uma a uma e passa a ser em volume, com vários pedidos do mesmo dia sendo enviados por um mesmo meio de transporte.
Como as entregas são feitas em lotes, reduz também os riscos de roubos e avarias, já que elas exigem um único processo de embalagem e também de monitoramento, sendo que o monitoramento de um único caminhão garante menos risco do que dez ou vinte entregas isoladas.
Para o consumidor, a garantia de entrega no horário combinado, podendo ser retirado no dia seguinte, sem a necessidade de ter que deixar uma pessoa o dia inteiro aguardando a encomenda chegar.
Este formato de entrega já é adotado pelos maiores varejistas do Brasil e faz surgir uma nova fonte de receita para os pequenos empresários, já que estes podem alugar um espaço nas suas lojas para armazenar e entregar tais encomendas.
Além de ganhar pelo serviço, eles também aumentam o fluxo de pessoas na loja, o que pode resultar em novas vendas diretas.
Ou seja, se você tem um pequeno estabelecimento e conta com um espaço físico que pode ser usado com essa finalidade, que tal testar essa opção para ampliar a sua receita recorrente e ainda aumentar o fluxo na loja? Faça as contas e experimente essa novidade.
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